
“Por que vocês me chamam Senhor, Senhor e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa.” Lc 6: 46-49
Sabemos a função do salva-vidas. É a pessoa que tem o escopo de evitar afogamentos e assim preservar a vida de quem se vê envolvido em uma situação crítica no mar, em rios ou piscinas.
São aqueles homens que estão sempre prontos e preparados para salvar banhistas nas praias que se encontram em perigo de afogamento. Tá se afogando ou viu alguém se afogando faça sinal para o salva-vidas que ele vai lá te socorrer quantas vezes for necessário, porque ele tá lá pra isso, pra zelar por você na sua falta de cuidado consigo mesmo.
O banhista, na teoria, deveria ficar atento as ordens e orientações dadas pelos salva-vidas sobre o perigo do mar e obedecê-los, mas na prática sabemos que não é assim que funciona.
E se pararmos para olhar honestamente para nossas próprias vidas e de outros irmãos, veremos que estamos tratando o Espírito Santo com um Salva-Vidas. Não temos cuidado nenhum com nossa própria vida espiritual, fazemos o que bem entendemos, passamos muitas vezes por cima de ordens e orientações do Espírito Santo para nós, e quando de repente, como conseqüência natural de tudo isso, começamos nos afogar em nossa desobediência e independência de Deus, aí nos lembramos que temos um Salva-Vidas para nos socorrer.
Essa é uma visão que naturalmente o mundo tem de Jesus e muitos de nós, crentes em Jesus Cristo, também temos essa visão, mas por vezes disfarçada dentro de nós.
No texto citado a cima, Jesus relata que muitos o chamavam de Senhor, que é o mesmo que chama-lo de “Dono”, alguém a quem um individuo deve obediência, respeito e submissão. Só que Jesus mostra que mesmo que esses declarem com seus lábios que Jesus é Senhor para eles, não basta só declarar. Essa declaração não é suficiente para Deus. Para que essa declaração surta efeito para Jesus é necessário acontecer o que o texto relata.
Esse tal individuo que diz que Cristo é seu Senhor precisa primeiro: Ir até Jesus.
Hoje o que vemos e ouvimos é uma espécie de via contrária. Jesus que tem que vir até nós e não mais nós até Ele. Eu creio amados que independente de qualquer coisa e situação, Ele vem até nós e nos livra, mas o primeiro passo para a reconciliação que deu foi Ele. Não deveria haver necessidade dEle continuar tendo que dar outros passos ao nosso encontro e nós ficarmos passivos esperando.
Só tem Jesus como Senhor da sua vida aquele que entende que necessita do senhorio de Cristo em sua vida para que não morra afogado.
Só tem Jesus como Senhor da sua vida aquele que entende que necessita do senhorio de Cristo em sua vida para que não morra afogado.
O segundo ponto é: Ouvir a sua palavra.
Se entendemos que o senhorio dEle pras nossas vidas são primordiais e isso nos move até Ele, isso significa que esperamos ouvir algo que nos soe como ordens e orientações para o bom andamento das nossas vidas diante de Deus. Para ouvir a palavra de Deus tem que haver de nossa parte a disposição de querer ter intimidade, relacionamento, a proximidade, interesse em ouvir como a coisa mais importante do mundo.
E a terceira coisa é e não menos importante: e as praticar.
Não basta só ouvir, é necessário reter e por em prática. É aí que se consolida o senhorio de Cristo na vida daquele que vai até Jesus, ouve suas palavras e as pratica.
Não praticamos nada que não tenhamos ouvido e retido e também não praticamos nada que não acreditamos. Se não praticamos é por que provavelmente damos pouco ou nenhum crédito aquilo.
Jesus não quer ser Salva-Vidas em nossas vidas. O Seu desejo não é viver num dever só de salvar-nos de afogamentos gerados por freqüentes afogamentos gerados por desobediências as suas ordens e orientações de vida. Esse tipo de dever só gera relacionamento casual e não relacionamento completo, duradouro e pleno.
Jesus quer realizar um salvamento só na nossa vida. Ele deseja salvar o homem da dor eterna que é viver longe do Pai. Ele quer se tornar seu “SALVA-DOR.” Jesus deseja salvar o homem de toda dor que esse mundo proporciona. Isso não significa que as dores vão deixar de existir, mas elas não terão mais o efeito que tinham antes. Todo o domínio que a dor tinha sobre nós passará. A dor do pecado, da injustiça, das doenças, do julgo de satanás e da separação de Deus Ele levou sobre si, para que Ele pudesse se tornar nosso SALVADOR.
Depois que Jesus salva o homem, as outras coisas não passam de ensinamentos para o nosso crescimento e aperfeiçoamento.
Nós, no meio de uma multidão, mas sem Jesus, estamos sós. Sozinhos, trancados num quarto, mas tendo Jesus, nunca estaremos sozinhos, mas a sós com Ele.
Jesus quer nos salvar dessa dor que é estar separados do Pai.
Pare de esperar, vá até Ele.
Graça e Paz