terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Jesus: Salva-Vidas ou Salvador?



“Por que vocês me chamam Senhor, Senhor e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa.” Lc 6: 46-49


Sabemos a função do salva-vidas. É a pessoa que tem o escopo de evitar afogamentos e assim preservar a vida de quem se vê envolvido em uma situação crítica no mar, em rios ou piscinas.
São aqueles homens que estão sempre prontos e preparados para salvar banhistas nas praias que se encontram em perigo de afogamento. Tá se afogando ou viu alguém se afogando faça sinal para o salva-vidas que ele vai lá te socorrer quantas vezes for necessário, porque ele tá lá pra isso, pra zelar por você na sua falta de cuidado consigo mesmo.
O banhista, na teoria, deveria ficar atento as ordens e orientações dadas pelos salva-vidas sobre o perigo do mar e obedecê-los, mas na prática sabemos que não é assim que funciona.
E se pararmos para olhar honestamente para nossas próprias vidas e de outros irmãos, veremos que estamos tratando o Espírito Santo com um Salva-Vidas. Não temos cuidado nenhum com nossa própria vida espiritual, fazemos o que bem entendemos, passamos muitas vezes por cima de ordens e orientações do Espírito Santo para nós, e quando de repente, como conseqüência natural de tudo isso, começamos nos afogar em nossa desobediência e independência de Deus, aí nos lembramos que temos um Salva-Vidas para nos socorrer.
Essa é uma visão que naturalmente o mundo tem de Jesus e muitos de nós, crentes em Jesus Cristo, também temos essa visão, mas por vezes disfarçada dentro de nós.


No texto citado a cima, Jesus relata que muitos o chamavam de Senhor, que é o mesmo que chama-lo de “Dono”, alguém a quem um individuo deve obediência, respeito e submissão. Só que Jesus mostra que mesmo que esses declarem com seus lábios que Jesus é Senhor para eles, não basta só declarar. Essa declaração não é suficiente para Deus. Para que essa declaração surta efeito para Jesus é necessário acontecer o que o texto relata.


Esse tal individuo que diz que Cristo é seu Senhor precisa primeiro: Ir até Jesus.

Hoje o que vemos e ouvimos é uma espécie de via contrária. Jesus que tem que vir até nós e não mais nós até Ele. Eu creio amados que independente de qualquer coisa e situação, Ele vem até nós e nos livra, mas o primeiro passo para a reconciliação que deu foi Ele. Não deveria haver necessidade dEle continuar tendo que dar outros passos ao nosso encontro e nós ficarmos passivos esperando.
Só tem Jesus como Senhor da sua vida aquele que entende que necessita do senhorio de Cristo em sua vida para que não morra afogado.


O segundo ponto é: Ouvir a sua palavra.
Se entendemos que o senhorio dEle pras nossas vidas são primordiais e isso nos move até Ele, isso significa que esperamos ouvir algo que nos soe como ordens e orientações para o bom andamento das nossas vidas diante de Deus. Para ouvir a palavra de Deus tem que haver de nossa parte a disposição de querer ter intimidade, relacionamento, a proximidade, interesse em ouvir como a coisa mais importante do mundo.


E a terceira coisa é e não menos importante: e as praticar.
Não basta só ouvir, é necessário reter e por em prática. É aí que se consolida o senhorio de Cristo na vida daquele que vai até Jesus, ouve suas palavras e as pratica.
Não praticamos nada que não tenhamos ouvido e retido e também não praticamos nada que não acreditamos. Se não praticamos é por que provavelmente damos pouco ou nenhum crédito aquilo.
Jesus não quer ser Salva-Vidas em nossas vidas. O Seu desejo não é viver num dever só de salvar-nos de afogamentos gerados por freqüentes afogamentos gerados por desobediências as suas ordens e orientações de vida. Esse tipo de dever só gera relacionamento casual e não relacionamento completo, duradouro e pleno.
Jesus quer realizar um salvamento só na nossa vida. Ele deseja salvar o homem da dor eterna que é viver longe do Pai. Ele quer se tornar seu “SALVA-DOR.” Jesus deseja salvar o homem de toda dor que esse mundo proporciona. Isso não significa que as dores vão deixar de existir, mas elas não terão mais o efeito que tinham antes. Todo o domínio que a dor tinha sobre nós passará. A dor do pecado, da injustiça, das doenças, do julgo de satanás e da separação de Deus Ele levou sobre si, para que Ele pudesse se tornar nosso SALVADOR.


Depois que Jesus salva o homem, as outras coisas não passam de ensinamentos para o nosso crescimento e aperfeiçoamento.


Nós, no meio de uma multidão, mas sem Jesus, estamos sós. Sozinhos, trancados num quarto, mas tendo Jesus, nunca estaremos sozinhos, mas a sós com Ele.


Jesus quer nos salvar dessa dor que é estar separados do Pai.
Pare de esperar, vá até Ele.


Graça e Paz