segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Festa no Deserto: O deserto não é o nosso lar.


“E depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto”. Exodo 5:1

Deus ouviu o clamor por socorro daquele povo. Povo esse escolhido para ser seu, para sua glória entre as nações estava escravizado no Egito. E Deus envia um libertador, para retirá-los do Egito passar com eles pelo deserto a caminho de uma terra de descanso que manava leite e mel – Canaã. Mas antes de chegar nessa terra de descanso e delícias esse povo tinha que marcar sua peregrinação por esse deserto com uma festa para Deus.

O apóstolo Paulo escreve em sua carta aos romanos assim: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”Cap:1-4 – Ou seja, tudo que o povo de Israel passou no deserto, está escrito para que hoje nós venhamos aprender como nos comportarmos diante deste mundo tenebroso, que para nós hoje, não passa de um deserto. Onde temos que aprender a nos relacionar bem, a nos suportarmos em amor, a nos importarmos mais em agradar ao próximo do que a nós mesmos, até porque Jesus pagou tudo por nós, mas deixou uma dívida para nós pagarmos, que foi o amor uns pelos outros. Essa é a dívida que assumimos com Cristo em relação ao nosso próximo. E o maior desafio que temos hoje nas nossas vidas nessa peregrinação por esse mundo é marcá-la com festas para Deus. Mas que festa é essa? Que tipo de festa celebrarei para Deus? Você pode estar se fazendo esse tipo de pergunta, assim como há um pouco mais de dois anos atrás eu me fiz quando Deus me deu essa palavra para que eu vivesse. Mas prossiga junto comigo que você entenderá.

Esse povo foi tirado da escravidão imposta pelo Rei do Egito, assim como nós fomos resgatados da escravidão imposta pelo diabo deus deste mundo. Eles através de Moisés e nós através de Cristo. Moisés pré-figurava Jesus no antigo testamento, nosso Salvador e Libertador. Eles passaram a ter a consciência que agora teriam um lar, uma terra preparada pra eles prometida por Deus; nós, da mesma forma, tomamos consciência em Cristo que esse mundo aqui não tem mais nada a nos oferecer, porque nos foi revelado que temos um lar, uma terra preparada pra nós prometida por Deus em Jesus, portanto nossa visão a respeito desse mundo hoje tem que ser como quem se vê numa peregrinação por um deserto. Deserto não é lugar de moradia fixa, se fosse Deus mandaria aquele povo construir casas e não tendas! O deserto não é o nosso lar! Estamos só de passagem por esse deserto. E durante essa passagem vamos encontrar desafios, inimigos virão ao nosso encontro para impedir que cumpramos nossa viagem, vai haver desânimo, aparente escassez de mantimentos, dúvidas, cansaço, gigantes, frio, calor, medo, incerteza e muitas outras coisas que o deserto tentará provocar em nós para que venhamos a perder o alvo, o nosso principal objetivo – honrar a Deus.

A fé não nos isenta de dúvida, porque a dúvida é não saber se irá ver acontecer o que se deseja. Mas a fé não se baseia em saber se vai acontecer, mas sim em crer, sem ter base no ver, que vai acontecer. Fé é esperança e esperança que se vê não é esperança. Mas se esperamos em Cristo, podemos esperar com paciência porque Ele é Fiel e Justo para cumprir tudo o que prometeu. E é baseado nisso que esperamos a nossa chegada nesse lar que Ele preparou para nós. Mas antes temos que fazer festa para Deus no deserto. No evangelho segundo Lucas está escrito assim: “Digo-vos que assim haverá festa no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento...Assim vos digo que há festa diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Cap. 15: 7,10 - Ou seja, nossa peregrinação precisa ser marcada por isso, por pecadores arrependidos diante do Senhor, essa é a festa que Deus quer que promovamos no deserto para Ele.

Deus não quer que nos embaracemos com as coisas dessa vida desértica e que nem morramos nesse deserto. Ele quer nos receber, abrindo as portas do céu para nós entrarmos como fiéis. Não deixemos nossas dúvidas e anseios serem maiores que nossa fé e obediência assim como o povo de Israel fez. Façamos tendas e não casas no deserto, não se apegue ao deserto, não ame o deserto, não crie vínculos com o deserto, porque o deserto não é seu lar.

Guardemos firme a esperança de sermos recebidos por Cristo Jesus nas portas do céu como vitoriosos, para que possamos estar aptos por Ele e nEle a ouvirmos a esperada frase “Venham benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.”


Àquele que é Fiel e Justo para guardar o nosso depósito e cumprir tudo o que prometeu seja a honra, a glória, a força e o poder agora e para todo o sempre, pelos séculos dos séculos. Amém

Graça e Paz