terça-feira, 11 de dezembro de 2007

DE QUE ME SERVEM OS TALENTOS?



“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.”
Mateus 25:14-18


O que são talentos? Vamos imaginar que esses talentos sejam dons que Deus nos deu e que esses dons tem a finalidade de gerar mais bens ao nosso Deus. Mas que bens são esses que Deus dá tanto valor? Quando lemos essa parábola dos dez talentos observamos que esse talento que o senhor entrega aos seus servos é dinheiro. Então para que esse dinheiro tenha sido multiplicado pelo que recebeu cinco e o que recebeu dois, eles negociaram com outras pessoas. Se lermos os versículos que se seguem, observaremos que o ultimo servo não negociou com pessoas, mas enterrou o talento.
Acredito eu que Jesus utilizou o dinheiro como exemplo por ser algo muito importante para o homem, já que para nos alimentarmos necessitamos de dinheiro para comprar comida, pagar impostos e por aí vai. Para que seus ouvintes compreendessem como Deus valoriza tudo o que Ele confia em nossas mãos.
Então, como tenho negociado os meus talentos? Em meu próprio benefício ou tenho negociado ele para devolvê-lo ao seu verdadeiro dono um dia? Será que tenho multiplicado esse talento ou estou enterrando ele na terra? Se tenho o talento ou dom de cantar, tenho utilizado Ele de que forma? Da mesma forma que os músicos seculares utilizam? Se for assim estou enterrando o talento. Poxa que isso! Que enterrando o que! Eu estou cantando na igreja em todas as reuniões e como você diz que estou enterrando o meu talento!- Mas eu arrisco a dizer que está sim. Porque Deus escolheu um povo para que esse povo fizesse conhecido seu nome em Jerusalém, Samaria e pelos confins da terra e porque permanecemos ainda em Jerusalém? Para receber aplausos? No mundo os incrédulos também cantam para receberem aplausos. Se for pra ser assim eu faço uma pergunta – De que me servem os talentos? Se não for pra no fim devolver o dobro daquilo que recebi do Senhor, de que me serve esse talento? Se for pra eu obter lucro pra minha própria pessoa, me torno egoísta e um mau servo como da outra parábola que Jesus conta e isso é enterrar talento. Se utilizarmos os talentos que Deus nos deu mesmo dentro das igrejas, da mesma forma que os incrédulos hoje utilizam no mundo, estaremos nos enganando achando que Deus irá aceitar isso. Se limitarmos a utilização desses talentos somente dentro dos templos, não temos nada de diferente dos incrédulos quando eles utilizam os seus talentos para o mundo. Estaremos enterrando os talentos, só o que difere é a localização geográfica. Se as pessoas que precisam conhecer Jesus estão lá fora, porque permanecemos enterrando nossos talentos nos templos? Não estou aqui dizendo que é errado utilizá-los dentro dos templos. Utilize como se estivesse fazendo para o seu Senhor, porque você irá prestar contas com Ele sobre esses talentos. Mas errado é não utilizá-los com a mesma intensidade, no mínimo, lá fora.

Os talentos nos foram dados segundo nossas capacidades – capacidade essa que nos possibilita multiplicá-los. Vamos! Saiamos do lugar que nos impossibilita de multiplicar os nossos talentos. Percamos o medo de não conseguirmos. Ele, o nosso Senhor, nos deu talentos que estão dentro de nossas capacidades.

Como diz um ministro de música em uma canção bem conhecida – “Saia do lugar que limita tua visão!” – O talento que Jesus nos confiou serve para multiplicarmos com outras pessoas e não para enterrarmos.


Porque se fosse pra enterrar, Ele não te daria talento, mas sim semente.



Que a Graça de Deus, as consolações do Espírito Santo e a palavra do nosso Senhor Jesus Cristo abunde cada dia mais em sua vida. Amém